TOMOGRAFIA CONVENCIONAL VS COMPUTORIZADA

Tomo = Corte
Graphos = Imagem
Partes seleccionadas (cortes) de um objecto

=
Imagens sem sobreposição




A Tomografia abrange vários tipos de exame de diagnóstico podendo ser: a Tomografia Computorizada e Convencional quando a fonte utilizada é a radiação X; o SPECT quando a fonte é a radiação gama; o PET quando a fontes são os positrões; a MRI quando a fonte é a Ressonância Magnética; a Ultrassonografia quando a fonte são os ultra-sons e, por fim, o 3DTEM quando a fonte são os electrões.




Tomografia Convencional


A Tomografia Convencional trata-se de uma técnica de diagnóstico em que a aquisição de imagens é feita em películas radiográficas convencionais. Esta pode ser classificada quanto ao tipo de movimento, podendo então tomar o nome de Tomografia Linear, Circular, Elíptica, Multidireccional ou Complexa (Espiral e Hipocicloidal).Na Tomografia Convencional o paciente é exposto a uma dose de radiação reduzida em relação à Tomografia Computorizada e o exame tem um preço relativamente mais baixo.









Tomografia Computorizada

A Tomografia Computorizada baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferente composição absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, os tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que os tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).

Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cores cinzentas, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).

Estas radiografias são então convertidas por um computador nos chamados cortes tomográficos. Isto quer dizer que a TC constrói imagens internas das estruturas do corpo e dos órgãos através de cortes transversais, de uma série de secções fatiadas que são posteriormente montadas pelo computador para formar um quadro completo. Portanto, com a TC o interior do seu corpo pode ser retratado com precisão e confiança para ser depois examinado. Ao contrário da maioria dos exames de raios X, a TC pode detectar até as menores alterações, em tecidos e forma precoce. Isto naturalmente simplifica o tratamento e melhora as chances de recuperação. Além do mais, a TC torna possível retratar as partes do corpo em três dimensões e deste modo certas áreas que estão sobrepostas podem ser examinadas.

Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel com cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste anel encontra-se uma ampola de Raios X (tubo de Coolidge), num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado.

Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, a “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X que depois de atravessarem o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Estes dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.

Execução de uma tomografia

  • Vantagens

A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "fatias" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É então obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida.
Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de
densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%.
Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor.


  • Desvantagens

Uma das principais desvantagens da TC é devida ao facto de utilizar radiação X. Esta tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível sobretudo em células que se estejam a multiplicar rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja baixo, é desaconselhada a realização de TCs em grávidas e em crianças, devendo ser ponderado com cuidado os riscos e os benefícios. Apesar da radiação ionizante X, o exame tornasse com o passar dos anos o principal método de diagnostico por imagem, para avaliação de estruturas anatómicas com densidade significativa. O custo do exame não é tão caro como outrora, se comparado ao raios x convencional. Oferecendo ao profissional médico um diagnóstico rápido e cada vez mais confiável.

















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