BREVE NOTA HISTÓRICA DA RADIOLOGIA

Quando, em 1895, Wilhelm Konrad Roentgen fez a descoberta dos Raios X não podia prever as consequências da introdução da radiação X na Medicina. A sua primeira análise, feita com o rigor de um Físico, dizia que, sendo os coeficientes de absorção dos tecidos moles demasiado próximos, não seria possível a sua destinção pela imagem radiológica. A rapidíssima expansão registada nas experiências com os raios X, deve-se a duas circunstâncias: primeiro, existiam ampolas espalhadas por imensos laboratórios de Física e o equipamento elementar era fácil de montar; segundo, era alguma coisa de fantástico mostrar "in vivo" o interior dos seres vivos.

Os primeiros clínicos limitaram-se ao estudo dos ossos e à pesquisa de corpos estranhos. Assim, é natural que a utilização tenha tido forte expansão através da Medicina Militar. Aos primeiros ensaios de russos e ingleses, respectivamente em conflitos na China e no Médio Oriente, seguiu-se a utilização em larga escala na I Grande Guerra Mundial. Se os primeiros radiogramas foram uma arte de físicos, a Guerra veio criar a necessidade de uma aprendizagem para a obtenção da imagem. Firmava-se o conceito de que para fazer o registo de uma imagem radiológica útil, era necessário não só saber manusear o equipamento como ter noções de Anatomia. De outro modo, não se teria um correcto posicionamento da estrutura anatómica.


A necessidade de se obterem radiografias com utilidade clínica tornou imperiosa a formação de Técnicos de Radiografia. Essa necessidade tornou-se mais aguda com o início da Guerra, e a disseminação de Postos Móveis de Raios X. Tanto a organização dos Postos Móveis de Raios X, como os primeiros cursos de Técnicos de Radiologia ficaram a dever-se, em França, a Marie Curie, numa das facetas menos conhecidas da sua vida. Logo no início da utilização dos Raios X, tentou-se a introdução de contrastes nas estruturas ocas de modo a ter o seu registo radiográfico. Assim, se obtiveram belíssimas angiografias em peças de cadáveres de animais e de homens. Em animais vivos, fez-se a introdução de substâncias opacas no tubo digestivo, verificando-se consequências tóxicas, que impediam a utilização no homem. Outra circunstância que limitava a radiografia, eram os longos tempos de exposição. Aliás, são dois problemas que atravessam toda a extensão do primeiro século da imagem médica: a individualização das estruturas anatómicas e a análise dos fenómenos rápidos, tanto fisiológicos como fisiopatológicos. Estes parâmetros perseguem, ainda, toda a investigação radiológica.

Assim, a radiologia é a parte da ciência que estuda órgãos e/ou estruturas através da utilização dos Raios x, envolvendo um processo de revelação. A radiologia subdivide-se em várias especialidades como a médica (para estudos de orgãos e estruturas de humanos), a odontológica, a veterinária, a metalúrgica, a esterilização, a ambiental, a científica e a alimentícia.






2 comentários:

Anónimo disse...

amigos visitem

http://prostata-braquiterapia.blogspot.com

Angélica disse...

Muito legal este blog! parabéns!! sou estudante de Tecnologia em Radiologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil e gostei muito das informçãoes contidas nesta página. É muito bom saber que pessoas de outras áreas se interessam e se empenham em esclarecer assuntos ligados a este estudo ( a radiologia) que ainda hoje é muito mal entendido e interpretado.